2007/06/28

O homem Bolt

Era um homem simples, tinha um emprego estável, almoçava pataniscas de bacalhau, não esquecia a sua fruta para equilibrar a saúde, guiava um Renault Mégane, comprava religiosamente os seus alimentos pré-cozinhados no Lidl porque achava os outros supermercados uma exploração. Chegava a casa por volta das oito horas e preparava a sua última refeição a ouvir o telejornal. Depois sentava-se no sofá a ver a Sic Notícias.
Um dia tropeçou na rua e partiu os óculos já velhos e old-fashion. Então teve de ir ao quarto de banho ver-se ao espelho. Reparou que ficava bem mais giro e assim despediu-se do banco em que trabalhava.
Dirigiu-se à Lightning Bolt, comprou uma prancha e uma t-shirt e assim foi o reinício da vida dele. Foi tal a paixão que ficou fanático de surf e da marca.
Conheceu uma surfista e pediu-a em casamento. No dia do casamento o padre na tradicional pergunta "Aceita a Maria Gonçalves em casamento?" ao que ele responde "Bolt". A partir desse momento ele só sabia dizer a palavra Bolt. No café "o que vai tomar?" e ele "Bolt Boooolt Bolt" queria dizer um "café beeem quente"
Hoje o homem Bolt vive numa cabana numa ilha e vê o mar da sua casa. E tem o dinheiro debaixo da cama porque não gosta de bancos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Pode dizer-se que a vida do homem deu uma grande "Bolta"...

Da Silva (Guimarães)

Anónimo disse...

ó João, o que é que tens contra os pré-cozinhados do Lidl?...
O maior caso de WOM dos últimos anos neste pobre Porto foi a já famosa "Lasagna do Lidl"... essa sim, verdadeiramente regeneradora.